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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Educar com Limites

22/10/200

Acostumada a lidar com jovens, ainda assim fico perplexa com a dificuldade que muitas crianças, mesmo as que desfrutam de situações sócio-educacionais adequadas, tem em internalizar normas sociais básicas de convívio em grupo e tenho procurado entender o que acontece com elas, sua família e a sua escola.

É freqüente assistirmos as crianças falarem alto, interrompendo os adultos, interferindo em assuntos que não lhes dizem respeito, mexerem e destruírem a propriedade alheia com um desdém espantoso, ofendendo, rejeitando e menosprezando sem qualquer cerimônia tudo que lhes pode oferecer algum tipo de limite ou desprazer. A situação piora muito se por acaso se sentirem frustrados, pois nesses casos chegam às raias da agressividade sem qualquer cerimônia.

É preciso que os adultos, procurem urgentemente dentro de suas casas e de nossas escolas, recolocarem as coisas em seus devidos lugares: crianças são crianças, mãe é mãe, pai é pai, adulto é para ser respeitado porque tem maior experiência e portanto mais poder de discernimento.

Ensinar desde cedo às crianças que à pergunta: "você sabe com quem está falando", vale a resposta recíproca e que em todas as situações da vida há sempre quem manda mais porque tem maior responsabilidade sobre o resultado final. Obedecer é natural, não é crime e não dói: até no mundo dos irracionais é assim

E isso se aprende quando ainda se usam fraldas: depois é muito mais difícil. Quer um pequeno exemplo? Quando o pai proíbe a criança pequena de comer mais um doce, ele pode e deve explicar o motivo, mas "negociar" a ordem está totalmente fora de cogitação. Assim a criança percebe o seu limite, a fronteira e a diferença entre ela e o pai e entende quem manda ali. E ainda mais importante: sente-se mais segura, mais protegida e aprende a viver em sociedade. Aos poucos internaliza a idéia de que há um espaço a partir do qual ela não pode ir, pois será responsabilizada por isso e terá que vivenciar as conseqüências.

Quando os comportamentos já estão arraigados, não resolve ameaçar, castigar, bater. A experiência têm mostrado que explicar detalhadamente as regras e as conseqüências das ações que as contrariam, parece ajudar efetivamente a internalizar as normas de conduta.

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